O Vazio e Eu.
Ando indiferente as coisas que acontecem ao meu redor. Se chove, está bom. Se faz sol, está bom. Não tenho mais aquele brilho no olhar que quem olhava sabia que uma garota sonhadora e forte estava ali, ela se foi. Um dia eu a encontro, prometo.
Tento ver o lado bom disso. Sem emoções ou sentimentos, sem sofrimento ou ilusão. Isso parecia ótimo, até virar realidade.
Pensei duas - talvez quatro - vezes em buscar alguma coisa que me reavive, sabe, que me faça rir até doer o músculo da barriga, ou que me faça chorar por uma noite inteira, mas se era isso que eu sempre quis, por que não curtir esse vazio por enquanto?
O lado ruim dessa história é que minhas palavras juntas se foram junto com os meus sentimentos mais fortes. Perdi minha fonte de inspiração, o rumo das minhas canções e desafinei.
Mas uma hora isso muda. O barco desemborca e volto a lutar contra a maré. Pode ser que demore, mas não tenho pressa de voltar para minha velha eu: romântica e sensível, pois agora estou aproveitando a nova: fria e insípida.
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